sexta-feira, 15 de maio de 2009

Chuva, nevoeiro, bacalhau e… GPS!?!?


Hoje vou começar esta reportagem de uma forma diferente! Com duas questões:

- É possível perder-se na Madeira? Sim!

- Será necessário o uso do GPS na Madeira? Também me parece que sim!

 

Passeio do dia 10 de Maio - Prazeres

Como normalmente, encontramo-nos todos na marina do Funchal.

Apresentação dos elementos novos, um pouco de conversa, alguns reabastecimentos de nutrientes e estávamos prontos para andar!

Apesar das previsões meteorológicas assinalarem que teríamos céu nublado e pouca probabilidade de chuva a realidade mostrava-nos o contrário.


Não muito encorajados pelas nuvens ameaçadoras, lá partimos para o primeiro “pit-stop” na Ribeira Brava. E os “receios” confirmaram-se. Uma chuva miudinha brindou-nos por duas vezes ao longo do caminho.

Após alguns quilómetros e um ritmo calmo rapidamente chegamos à Ribeira Brava onde fizemos um breve reabastecimento (cafeínas e afins)...




Depois voltamos novamente à estrada para a nossa alegre passeata.

O caminho até à Calheta correu na normalidade, seco e sem complicações. A partir daqui o nevoeiro, por vezes cerrado, complicou o percurso.

Complicou de tal maneira que aqui saímos dos carris. Bem, saí eu… como explicarei isto… bem se calhar completa distracção ou completa concentração, difícil responder!

 

Passo a explicar. Seguimos o caminho a partir da Estrela da Calheta o nevoeiro estava muito denso e a concentração necessária para ver a estrada, sendo o road leader, era muito grande. Ver todos os buracos na estrada, discernir as curvas no meio do complexo de manchas que via à minha frente e muito pouco tempo para ver a paisagem (qual paisagem???).

Conclusão: os Prazeres ficaram para trás sem me dar conta. Simplesmente passei pelo local e não dei conta nem reconheci o local. Básico…

Qual rebanho seguindo o pastor, vieram todos atrás, menos preocupados com a estrada pois era só seguir as luzes da moto precedente, e confiantes que eu estava preparando alguma, pois ainda faltava algum tempo para o almoço… eheheh.

Estranhando a demora para chegar ao sítio, comecei a procurar mais informações nas placas na berma da estrada quando finalmente encontrei uma que facilmente identifiquei: Ponta do Pargo… GPS precisa-se!

 

Os Prazeres já estavam bem lá para trás… Meia volta volver e lá retomamos o caminho.

Rizadas e incredibilidade sobre a situação e sobre o meu embaraço… mas sobre valeu a boa disposição!


O regresso tornou-se ainda mais “penoso” pois o nevoeiro tornou-se em pingas grossas que caíam das árvores e a humidade com a fome não dão boa combinação!

Passado algum tempo, já com atraso natural para o almoço, chegamos ao centro dos Prazeres com o restaurante mesmo à nossa frente.

Sem mais demoras, tomamos posições e rapidamente passamos ao ataque.

Bacalhau pousado, armas na mão, pratos a postos e começamos a atacar um fantástico bacalhau.

 

Por deliberação unânime, e sem a minha intervenção, ficou a encomenda à minha responsabilidade de uma poncha na Serra d’Água. Castigo para dos perdidos!


Após um bem refastelado e elogiado bacalhau, voltamos à estrada já com chuva contínua à procura de paragens mais secas. Paragem na marina da Calheta e após as fotos de família, conversa e alguma brincadeira seguimos em direcção ao castigo (para a minha carteira)!



Na Serra d’Água, local de paragem obrigatória para os muitos domingueiros, como nós, estivemos à conversa durante um bom bocado até que surge a ideia de ainda irmos até ao Poiso ver se estava melhor tempo por lá, visto que a chuva teimava em não nos deixar! Dito e feito. Ribeira Brava, Funchal, Monte, Montado do Pereiro…

Algum tempo depois já lá estávamos!

Ainda surgiu a ideia de irmos ver o por do sol no Areeiro mas o dia já ia longo e o seguinte era de labuta!


Por isso começamos a descer mas desta vez em direcção à Camacha e depois Funchal de onde cada um segui em direcção a casa.

 

Previsão: 10% de probabilidade de chuva.

A realidade: 50% do passeio à chuva.

 

Resumindo, chuva, nevoeiro, bacalhau e GPS (precisa-se!).

E ainda acrescento, muita e boa conversa, um passeio animado e muito bem disposto!

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